Audiência discute a Educação Pública em Ribeirão Bonito - Blog Marcel Rofeal

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quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Audiência discute a Educação Pública em Ribeirão Bonito

Encontro foi motivado pela proposta do Plano Municipal de Educação 

Marcel Rofeal, de Ribeirão Bonito 

Fotos: Arquivo/BMR
Uma audiência pública na noite da última segunda-feira (24), no Plenário “Vereador Emygdio Lucato” da Câmara Municipal, discutiu a situação da rede pública de ensino de Ribeirão Bonito. A reunião com o objetivo de esmiuçar o projeto do Plano Municipal de Educação (PME) acabou tomando proporções maiores e chegou a abordar questões como desvalorização salarial de profissionais de ensino e de funcionários públicos. Menos de 20 pessoas participaram do evento.

Marcada por iniciativa da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Casa, a audiência reuniu oito dos nove vereadores, a diretora do Departamento Municipal de Educação e a assessora educacional do Município, e sete moradores, entre eles um professor. O evento começou pouco depois das 19h30 e durou pouco mais de uma hora, ocasião em que foram abordados os principais problemas da Educação no Município e até a crise financeira que reflete no município.

Acerca do PME em si, a diretora Maria Terezinha Sartorelli Manieri destacou que o plano tem vigência de 10 anos e deve ser elaborado com base nas metas previstas para o período, no entanto ressaltou que o texto será analisado a cada dois anos por uma comissão para que as metas estabelecidas sejam revistas e, por ventura, sejam propostas emendas ao projeto original. Ao todo, são 20 metas estabelecidas que, para serem cumpridas, demandam repasses de recursos.

O último plano elaborado e em vigência no Município é de 2003 e uma das metas era a construção e entrega de uma nova escola de educação básica, a mesma que se encontra em obras há cerca de três anos no Jardim Centenário. De acordo com o Departamento de Educação, o novo plano também prevê o funcionamento da nova escola, bem como é baseado na previsão de entrega de uma nova unidade de ensino infantil que está em construção no Centro da cidade.

Sobre os problemas na rede municipal de ensino, Terezinha disse que a maior preocupação é com a Educação Infantil, que atende crianças de 0 a 3 anos de idade. Segundo ela, os repasses de recursos do Governo Federal são muito pequenos em vista da necessidade de investimentos para manter as crianças e promover adequações de funcionários, espaço físico e de salários dos profissionais, sejam funcionários das unidades educacionais ou mesmo dos próprios professores.

Segundo Terezinha, mesmo a parceria com o programa “Primeiríssima Infância” ainda não apresenta resultados, por estar em fase de implantação e seria um investimento “para longo prazo”. Já no Ensino Fundamental, o maior problema é a evasão escolar que, segundo ela, começa a partir do ciclo II, entre 6° e 7° anos. Terezinha sugeriu que o Município adotasse os cursos profissionalizantes, mas reconheceu que é algo distante. “Isso é um fato gravíssimo”, disse.

Para a diretora, os maiores problemas disciplinares começam a surgir nesse período. “Chega-se no Coronel, começa a guerra porque eles [alunos] começam a disputar espaço”, disse. “Adolescência, disputar espaço com as meninas, disputar espaço com eles próprios ou se autoafirmarem na adolescência deles. Aí começam os conflitos”, afirmou. Outro destaque é com relação à Educação de Jovens e Adultos (EJA), que também é uma questão preocupante.

De acordo com Terezinha, o espaço que seria destinado para os adultos que não tiveram condições ou oportunidade de concluírem seus estudos no tempo adequado tem recebido cada vez mais alunos jovens que poderiam frequentar aulas em horário regular, mas que não se integram à vida escolar e prejudicam os demais estudantes. Para a diretora, há pouca participação da família na vida escolar do jovem e é a família quem deveria orientar e incentivar sua frequência na escola.

Família – Indiretamente, a família foi o fator que motivou a promoção da audiência pública. No item que prevê metas de combate à discriminação, entre outras, por gênero, a ideologia de gênero, que não foi incluída no plano local, tem causado polêmica pelo país. Um dos pais de alunos presente ao encontro destacou que tal referência seria um ataque à família e que por essa razão ele e outros teriam se manifestado, ainda durante a elaboração da proposta, para impedir esse item.

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